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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Memórias de uma noite de sábado e do que dela restou...


 Já  estão a chegar as páginas, escritas com a emoção de quem fez a história na primeira pessoa. 
A Inês de Jesus do 7º A  já deixou o seu testemunho.
E para mais tarde recordar e para mais uma história contada e partilhada, ao serão, junto à lareira, da passagem do furacão Leslie.  E, em que os heróis da noite, foram os telemóveis - não só...mas também.
 Aqui fica o registo  feito pela Inês de Jesus.

Furacão Leslie

      Na noite de sábado (dia 13 de outubro) e na madrugada de domingo (dia 14 de outubro) o furacão Leslie passou pela zona centro de Portugal Continental, entrando precisamente pela costa, através da Figueira da Foz, pelo distrito de Coimbra adentro, onde eu moro.

       Rapidamente, o furacão chegou!

       Eu estava na minha cama a ver um filme, quando começou a soprar um vento muito forte e a chuva a bater com força na calçada. A luz foi-se abaixo e os meus pais levantaram-se. Só havia uma lanterna em casa e, entre os meus brinquedos, só havia uma vela elétrica. Tivemos que ligar as lanternas dos telemóveis.

       Cada rajada de vento era mais forte, começando-se a ouvir chapas a baterem e o portão do meu vizinho também. Quando estávamos todos reunidos, ouvem-se telhas a partirem-se. Eu só pensava nos meus cães, pois a casota podia voar.

       O furacão parecia levar nas suas asas os bocados do mundo estraçalhado. Por fim, as pálpebras pesaram e consegui adormecer.

       Por volta das sete horas da manhã, acordei, saí de casa e verifiquei que havia oliveiras tombadas à direita e à esquerda das habitações da minha rua. O meu pai e um vizinho andaram a tirá-las, as do lado direito e assim eu consegui ir a casa da minha avó e da minha tia. Elas, felizmente, não tiveram muitos estragos- mas eu, infelizmente, tive algumas telhas partidas e deslocadas.

       Ainda de manhã regressou a eletricidade e, assim, o resto do dia correu normalmente. Porém, foi uma experiência marcante.



Trabalho realizado por Inês Branco de Jesus

No âmbito da disciplina de Português

domingo, 28 de outubro de 2018

O monte dos vendavais e o Vento nos salgueiros

 Hoje não vamos falar de livros, ainda que pudéssemos falar  de O vento dos vendavais, de Emily Brontë, ou O vento dos salgueiros, de Kenneth Grahame, títulos que desde já aconselhamos  e que estão disponíveis na nossa BE, mas não é agora a nossa intenção.
Contudo, são títulos que ficavam mesmo bem quando queremos descrever o que aconteceu , no passado dia 13 de outubro, quando o ciclone tropical atlântico, Leslie, atingiu Portugal, particularmente na região centro, sendo a terceira vez que um furacão atingiu o território continental, e este o mais forte desde 1842.

O concelho de Montemor-o-Velho foi um dos mais fustigado pela intempérie. Obrigando escolas, tais como a EB2/3 da Carapinheira, a fechar e a necessitar de obras, devido aos estragos provocados e a alunos a terem de ser realojados , temporariamente, na escola sede, em Montemor-o-Velho.




Por Pereira também  o Leslie  deixou a sua marca, assinando páginas de destruição, quer na parte ribeirinha, deixando muitos campos de milho e de arroz, ainda não colhidos, destruídos, quer  na parte mais elevada da povoação, com casas parcialmente destruídas e muitas árvores de fruto partidas e totalmente arrancadas.
Como podem concluir, estes títulos ficavam mesmo  a matar...ainda que  a matar tivesse sido o Leslie.

 Mas se a Natureza nos dá um furação; voltamos a plantar e a reconstruir e no entretanto aproveitamos  para fazer um registo escrito, para mais tarde recordar...
Foi esta a proposta dirigida às turmas do 7º e 8ºano de escolaridade  pelo professor de Português  João Paulo Almeida . Os alunos responderam à sugestão e os trabalhos  de recuperação da memória recente apareceram. 
E aqui fica um registo coletivo, compilado pelo professor João Paulo, com os testemunhos deixados pelos alunos.
Outras páginas, escritas com a emoção de quem fez a história na primeira pessoa, aguardam-se...



O furacão Leslie  



      Tendo andado alheado das notícias, apenas soube da iminente chegada do furacão Leslie pela minha mãe através de telemóvel. Ora, a minha mãe já está velhinha e preocupa-se com tudo. Pensei, naturalmente, que se tratava de uma ventania mais forte.

     Pelo contrário! Cerca das dez horas da noite, os ventos precipitaram-se e fustigaram o mundo. Não choveu por aí além. Aquilo que mais impressionou foi o uivar do vento, as copas das árvores a vergarem, lixo, objetos soltos a rolarem pelas ruas. A luz elétrica logo cessou. Regressou apenas na segunda-feira ao fim da tarde. Sem eletricidade, a vida muda. É nestas ocasiões que percebemos como estamos tão dependentes da tecnologia. Por exemplo, o fogão de que dispomos é elétrico, não há gaz em casa. Resultado: tivemos que cozinhar na lareira, improvisadamente. Também tive que deitar-me mais cedo. E foi como um breve regresso aos tempos dos nossos avós: sob os lençóis, a ouvir o rugir da tempestade!

     Apesar da evidente violência da tempestade, não pensei que os estragos fossem tantos como depois se soube pelas notícias. Em minha casa, voaram umas telhas e um pequeno caramanchão no jardim esbarrondou-se. Nada de especialmente grave, felizmente. Agora, há que reparar e precaver a tempo.

Juntou-se o útil ao agradável

 "Juntou-se o útil ao agradável", foi isso mesmo que aconteceu: agradável foi a possibilidade de irmos ao cinema e conhecermos o  Teatro Académico Gil Vicente- Coimbra, útil foi mais uma sala de aulas que se abriu e aprendizagens/reflexões proporcionadas com a visualização deste filme.
Agora vamos aos factos para concordarem e confirmarem o que acabei de dizer. Assim, no dia 18 de outubro, todas as turmas do 7ºano do nosso Agrupamento de Escolas de Montemor e no dia 19, os alunos do 9ºano da EB2/3 da Carapinheira.


tiveram a possibilidade de assistir ao filme de animação francês  "Minga e a colher quebrada" . Esta atividade, incluída  no PAA, foi proporcionada pela Alliance Française -Coimbra e dinamizada pelo grupo disciplinar de francês, nomeadamente as professoras que lecionam nas turmas deste ano curricular e integrada na 19ª Festa do Cinema Francês. Esta 19ª edição da Festa do Cinema Francês, organizada pelo Institut français du Portugal e a Embaixada de França, em colaboração com as Alliances françaises e UniFrance Films, tem lugar de 4 de Outubro a 11 de Novembro, em onze cidades de Portugal.

O filme  escolhido, no nosso agrupamento, para as turmas do 7º ano, foi "Minga e  a colher quebrada".  Foi a primeira longa-metragem de animação da República dos Camarões, o filme é a adaptação de um conto tradicional infantil.
Minga é uma jovem órfã que vive com a sua madrasta Mami Kaba e a sua meia-irmã Abena. Um dia, enquanto lavava os pratos no rio, Minga parte acidentalmente uma colher. Furiosa, Mami Kaba expulsa-a de casa, pedindo-lhe que encontre a única colher idêntica existente que teria sido escondida pela sua falecida mãe. É o início de uma aventura para Minga na floresta, mas tudo acaba bem, bem para os que sabem reconhecer os erros e para quem tem um comportamento assertivo. E foram estas aprendizagens que, posteriormente foram analisadas em contexto de aula, bem como a exploração do vocabulário francês, identificado pelos alunos, língua inicial, ao longo da sessão.

E para terminar , só falta dizer que todos os alunos tiveram uma atitude muito assertiva, quer durante a viagem, quer durante a sessão de cinema. Estiveram atentos, divertiram-se, aprenderam e interagiram com colegas de outras escolas do nosso agrupamento.


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Uma imagem vale um livro inteiro

 Integrado na comemoração "Outubro mês das bibliotecas escolares" estão expostos, na nossa biblioteca escolar, sete painéis artísticos executados com tecidos de feltro e rendas, entre outros materiais, da autoria de Cláudia Marques, que versam algumas das obras literárias do universo literário de Hans Christian Andersen. 
Os trabalhos expostos remetem para o universo de fantasia dos contos do escritor dinamarquês, também ele um praticante da técnica artística usada por Cláudia Marques nas suas criações. 





 Cláudia Marques nasceu em  Lisboa, em 1966 é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. A  execução de  peças de artesanato com lãs e linhas e posteriormente o feltro e outros materiais, desde cedo a fascinou e acabou por condicionar o seu trabalho. Deixou a docência e optou, a partir de 2011, pela produção artística de trabalhos nesta área, que comercializa em feiras de artesanato e que divulga em vários eventos e espaços ligados ao livro e à leitura, como foi o caso da nossa escola e já antes na Biblioteca Municipal de Montemor-o-Velho e noutras bibliotecas.

 
  Estes painéis, agora na nossa biblioteca escolar, encantaram os utilizadores e foram o pretexto para lerem/relerem contos de Hans Christian Andersen e apreciarem esta arte/técnica de contar histórias.




quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A Biblioteca Escolar está sempre ao vosso serviço

Outubro: Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

As bibliotecas escolares desempenham um papel muito importante nas escolas e são um veículo de transmissão de conhecimento, não apenas através dos livros mas também das atividades que aqui se desenvolvem.
Este ano, o dia internacional das Bibliotecas Escolar foi comemorado no dia 22 de outubro (sempre celebrado na quarta segunda feira do mês de outubro.)
 A data foi proclamada pela primeira vez em outubro de 1999,por Blanche Wools, então, Presidente da International Association School Librarianship (IASL)
Este ano,  o tema escolhido pela IASL para a comemoração do Mês Internacional da Biblioteca Escolar (ISLM) é Porque eu amo a minha Biblioteca Escolar

 

O tema baseia-se no título da 47ª Conferência Anual, da International Association of School Librarianship (IASL), realizada em maio último, na Turquia – Inovação, Informação e Impato das Bibliotecas Escolares.

 Na nossa biblioteca escolar, ao longo do mês, à semelhança dos restantes meses, o livro e a leitura continuam a sobressair, com destaque para a hora do campo,  as exposições bibliográficas e outras e um encontro com utentes do  centro de dia de Pereira que nos deram a oportunidade de podermos ter apreciado a coleção de memórias e de histórias que foram recolhendo e guardando ao longo  do seu percurso  de vida.
Também os alunos do 7º A, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, comemoram a data, em contexto de aula, analisaram o artigo 26º e 27º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e reconheceram a importância  da  BE e o quanto ela contribui para o direito à cultura.
Terminando esta reflexão com  a ida à BE, onde pesquisaram e realizaram trabalhos sobre os direitos "do livro e das bibliotecas escolares".
Estes trabalhos, posteriormente irão ser partilhados com a comunidade educativa, através de uma exposição de  cartazes alusivos ao tema.


 

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Terapia para a alma

 Sabem o que  uma Mandala ?
 Alguém  já lhes chamou de "terapia da alma", a Mandala  não é um simples desenho  fragmentado em várias formas geométricas e coloridas com várias cores.


Elas têm um significado.
A palavra Mandala significa círculo em sânscrito e é considerada como um símbolo de cura e espiritualidade. Para os hinduístas e budistas, a Mandala ajuda na concentração da prática meditativa
 e entre os nativos americanos, acredita-se que a mandala tenha o poder de proteger e afastar os maus sonhos e espíritos malignos. Por isso, também recebe o nome de filtro dos sonhos.

O facto de este símbolo estar disseminado em tantas culturas reflete o significado que o círculo tem para o subconsciente. Como não é uma forma geométrica encontrada na natureza, traduz perfeitamente a ideia de perfeição que os seres humanos pretendem alcançar.





As Mandalas são também um recurso didático utilizado por vários professores de arte, História e Matemática, pois este símbolo serve para ensinar vários conteúdos tais como:
formas geométricas; cores; diferenças de tamanhos; conjuntos; percepção visual; História da arte e História das religiões.
Confecionar a Mandala permite ao aluno exercer sua autonomia e individualidade, deixando sua marca pessoal. Constitui uma estratégica pedagógica aplicada em turmas consideradas muito agitadas devido ao poder apaziguador que a realização deste desenho contém.



Os benefícios de fazer e pintar uma Mandala são muitos. Aquele que a confeciona fica concentrado numa tarefa específica e assim pode canalizar sua atenção.
Além disso, o autor exercita  a sua criatividade e o seu poder de decisão ao lidar com a escolha de cores e padrões geométricos distintos.

Agora é só passar pela sala 5 apreciar os trabalhos expostos e concluir que os alunos do 4º ano, sob orientação da professora Alda Sancho, fizeram bonitas Mandalas. 


  Quem quer fazer uma Mandala  do outono com motivos naturais alusivos a esta estação do ano?
FICA O DESAFIO