Já estão a chegar as páginas, escritas com a emoção de quem fez a história na primeira pessoa.
A Inês de Jesus do 7º A já deixou o seu testemunho.
A Inês de Jesus do 7º A já deixou o seu testemunho.
E para mais tarde recordar e para mais uma história contada e partilhada, ao serão, junto à lareira, da passagem do furacão Leslie. E, em que os heróis da noite, foram os telemóveis - não só...mas também.
Aqui fica o registo feito pela Inês de Jesus.
Furacão Leslie
Na
noite de sábado (dia 13 de outubro) e na madrugada de domingo (dia 14 de
outubro) o furacão Leslie passou pela zona centro de Portugal Continental,
entrando precisamente pela costa, através da Figueira da Foz, pelo distrito de
Coimbra adentro, onde eu moro.
Rapidamente,
o furacão chegou!
Eu
estava na minha cama a ver um filme, quando começou a soprar um vento muito
forte e a chuva a bater com força na calçada. A luz foi-se abaixo e os meus
pais levantaram-se. Só havia uma lanterna em casa e, entre os meus brinquedos, só
havia uma vela elétrica. Tivemos que ligar as lanternas dos telemóveis.
Cada
rajada de vento era mais forte, começando-se a ouvir chapas a baterem e o
portão do meu vizinho também. Quando estávamos todos reunidos, ouvem-se telhas
a partirem-se. Eu só pensava nos meus cães, pois a casota podia voar.
O
furacão parecia levar nas suas asas os bocados do mundo estraçalhado. Por fim,
as pálpebras pesaram e consegui adormecer.
Por
volta das sete horas da manhã, acordei, saí de casa e verifiquei que havia oliveiras
tombadas à direita e à esquerda das habitações da minha rua. O meu pai e um
vizinho andaram a tirá-las, as do lado direito e assim eu consegui ir a casa da
minha avó e da minha tia. Elas, felizmente, não tiveram muitos estragos- mas
eu, infelizmente, tive algumas telhas partidas e deslocadas.
Ainda
de manhã regressou a eletricidade e, assim, o resto do dia correu normalmente.
Porém, foi uma experiência marcante.
No âmbito da disciplina de Português