No final do ano letivo 2019-2020, ficou por fazer o editorial de uma pequena publicação intitulada “Ficou para a História”, realizada no âmbito da disciplina de História. Os alunos andavam cansados, a precisar de férias e o trabalho não foi concluído, mas ficou a proposta. Como esta turma não gosta de deixar nada por fazer e agarra com afinco todos os desafios lançados, prometeram que o trabalho iria ser concluído. O Diogo Moura, como é um rapazinho que gosta de honrar os seus compromissos e como a sua habitual responsabilidade, quando se sentiu mais revigorada, durante as férias fez o TPC. E aqui está ele.
Parabéns a toda a turma pelo trabalho realizado no ano letivo anterior. e que no próximo ano letivo continuem com o mesmo empenho, a mesma vontade, o mesmo querer e com a mesma responsabilidade. Todos os professores continuam aqui disponíveis e empenhados pelo vosso sucesso.
Aprender e Ensinar em Tempo de Pandemia
«O nosso país, à imagem do que aconteceu no resto do mundo, foi ameaçado por um vírus chamado COVID-19 o que levou ao encerramento das escolas e à aplicação do ensino à distância. Temos de concordar que este novo modelo de aprendizagem foi uma novidade para todos nós, mas com todas estas novas circunstâncias, nada melhor do que partilhar experiências e aprendizagens concebidas.
Uma das coisas que mais estranhei foi acordar de manhã e não ter de ir para a escola, apenas ter de ficar em casa, sem pensar que ia chegar atrasado ao autocarro, a viagem era rápida e para embarcar bastava um carregar num botão e em poucos minutos/ cliques estava sentado na sala de aulas.
Outra das coisas que mais estranhei, foi a falta dos momentos de convívio com os meus colegas. Mesmo falando à distância, não deixava de sentir a sua falta. A ausência dos professores também me marcou muito, apesar de se mostrarem sempre disponíveis para nós, senti falta de estar com eles de forma presencial, o que levou a algumas dificuldades em aprender e assimilar as matérias, mas com o tempo fui-me adaptando.
Apesar de todas as problemáticas deste método de ensino também podemos destacar aspetos positivos, o facto de termos mais tempo para estudar e até para estar com a família.
Contudo, existem também pontos a melhorar: uma delas a necessidade de haver mais interação entre alunos e professores pois em muitas das aulas os alunos desligavam as suas respetivas câmaras, outros ausentavam-se mesmo da “aula” e ainda havia aqueles que marcavam presença e voltavam a “sair”, o que dificultava essa mesma interação. Outra sugestão é que poderia ser aperfeiçoado o planeamento semanal, pois no início ainda era uma grande novidade para todos, como tal, era difícil saber qual era a carga de trabalhos correta para cada semana, para cada disciplina e para o perfil dos alunos, tendo em conta as suas competências, embora esta gestão, fosse melhorando com o tempo, à medida que a adaptação foi ocorrendo, com base na articulação semanal que era feita, com base nas sugestões e considerações dadas por alunos, professores e até encarregados de educação. E no final, conseguimos lecionar todos os conteúdos previstos para o ano letivo em praticamente todas as disciplinas.
Através deste novo método de ensino, e, no meu caso, aprendi a gerir melhor o tempo e estou confiante que, eu e a minha turma poderíamos realizar o teste global das revoluções liberais (última matéria lecionada de História), bem, pelo menos a maioria.
Não gostaria de repetir este método de ensino, que espero que tenha sido apenas uma exceção, pois apesar de todas as aprendizagens também trouxe muitas dificuldades, ainda não totalmente superadas.
Contudo, se tiver que ser, se tivermos que repetir a experiência, com o que aprendemos, com a experiência que já tivemos, com a análise que fizemos sobre os pontos fracos e pontos fortes, do ensino não presencial, acredito que as coisas vão ser mais fáceis para todos nós- alunos, professores e encarregados de educação.
Diogo Moura- 8º ano»