Máscara no lixo , não no chão
Integrado nos conteúdos programáticos de
Cidadania e Desenvolvimento, no âmbito da Educação Ambiental e em articulação
com os conteúdos de Português os alunos do 8º A refletiram sobre o impacto da
atual pandemia no Meio Ambiente e concluíram, por um lado, com base em
documentos analisados que, em parte, o resultado a curto prazo está a ser
positivo.
Com os países em confinamento libertam-se
as vias de comunicação rodoviárias do trânsito automóvel e constata-se que, em
muitos países está a diminuir os níveis de poluição no ar com
dióxido de nitrogénio e que o ar da cidade está mais limpo. Contribuindo, deste modo, para a saúde
cardiopulmonar da população. Em suma, menos poluição, num momento em que este
vírus anda por aí, só pode ser bom. Também, o facto do ar estar menos poluído,
poderá também contribuir para uma menor propagação do coronavírus em partículas
de poluição.
Por outro lado, esta pandemia também está
a contribuir para o aumento do consumo de eletricidade e para o crescimento de
lixo, sobretudo lixo hospitalar, ambos negativos para o Meio Ambiente. No topo
desta lixeira está a máscara cirúrgica, descartável de curta utilização.
A utilização da máscara, juntamente com regras de higienização das mãos e cumprimento de distanciamento social, são armas imprescindíveis para o combate deste vírus. Todos sabem isso.
A máscara já faz parte da indumentária do dia-a-dia,
para os dias de festa, para os dias de trabalho e para os dias de ver a Deus.
Para usar no campo, na praia, na escola, na rua, usada por grandes e pequenos,
novos e velhos, para chefes e subalternos, para os que a aceitam e para os que
refilam com ela todos os dias.
Há
para todos os gostos. Para os que só querem certificadas e outros que a
costuram em casa. Uns usam-na a preceito, com rigor técnico, outros que a
deixam com o nariz a espreitar ou a descansar no pescoço. Também há os que a usam
com style, a combinar com a toilette. Que se afirmam pela marca, que
fazem questão de mostrar que não são um qualquer e outros que vestem qualquer coisa.
Também há os engraçadinhos que riem com cara de máscara, para ver se tiram um
sorriso ou uma gargalhada nos olhos dos que passam zangados com a partida que
estes tempos nos estão a pregar.
Não
esquecer os que se queixam todos os dias e os que aproveitaram para se
esconderem atrás dela, de si e dos outros.
Em
suma para o bem e para o mal a máscara está na moda, pela primeira vez, com
máscara somos quase todos iguais. Com máscara há igualdade de género. A máscara
é só uma, para o menino e para a menina.
Tudo isto para dizer que este foi o tema de
debate nas nossas aulas e sobretudo o desrespeito não só pelo Meio Ambiente,
mas também pela saúde publica quando os mais incautos a deixam por onde calha,
sem o cuidado da colocar no sítio correto que é o lixo.
Constatando que na localidade onde habitam e fora dela e até na comunidade escolar, há incumprimento deste preceito tão básico que é colocar a máscara descartada no lixo; os alunos quiseram sensibilizar a comunidade para comportamentos assertivos. Neste sentido, deram continuidade à campanha “Máscara no lixo, não no chão”, escrevendo slogans sobre o tema, os mesmos foram feitos na aula de Português e Cidadania e Desenvolvimento.
Sendo também ilustrados e muitos deles decorados com técnicas aprendidas na aula de Educação Visual e finalmente plastificados. Os trabalhos foram afixados no gradeamento da escola, para serem visualizados pela comunidade.
Tratou-se de um pequeno, mas sério, contributo
dos alunos para a sensibilização por este comportamento que não só pode por em
risco a saúde pública, como o Ambiente constituindo outra forma de poluição.
E já que o uso de máscara é obrigatório e
para usar todos os dias, já pensaram optar por máscaras reutilizadas de longa
duração? Fica a nossa sugestão. O
Meio Ambiente Agradece.