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domingo, 3 de abril de 2022

A solidariedade não é facultativa, mas um dever

No sentido de mostrar a nossa solidariedade para com o povo ucraniano em geral e em especial para com as famílias dos alunos que frequentam a nossa escola; na EBI de Pereira foi dinamizada uma atividade que envolveu todos os níveis etários.


Esta iniciativa teve como principal objetivo refletir sobre as consequências da guerra e sensibilizar a comunidade educativa para a empatia, e levá-la a pensar “E se fosse eu? E se isto estivesse a acontecer comigo?  E se fosse eu que ficasse sem casa, se tivesse que procurar  ajuda num país estrangeiro, se ficasse  sem escola, se ficasse sem  brinquedos, se tivesse  que deixar para trás o meu animal de estimação, se tivesse sido eu a chorar por todos os meus amigos e familiares que tiveram que ficar no campo de batalha, sem  a certeza de os voltar ver e de os poder abraçar? Deste modo, só depois deste questionamento aprendemos a dar valor ao que temos. Por muito pouco que tenhamos, o nosso pouco é muito para quem não tem nada, para quem perdeu tudo. E sobretudo para que a solidariedade seja efetivamente um dever. Pois, de acordo com o artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”

 Como forma de mostrar a nossa solidariedade para com este povo, todos os alunos, do 1º CEB e 7º ano, integrados nos conteúdos de Cidadania e Desenvolvimento, se envolveram e, a um só eco,  desejaram a paz e a vitória do bem.  E todos “enviaram” pombas, as pombas da paz que irão voar e pousar neste país em sofrimento levando no bico as sementes de girassol para que voltem a crescer, sempre viradas para o sol, confiantes que ninguém as irá pisar.







Para além dos trabalhos realizados e expostos, no interior da escola, também os alunos do 1º CEB se concentraram no espaço exterior e pediram PAZ para todos os países em guerra, acreditando que dias melhores virão, pois «Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Com mãos tudo se faz e se desfaz. […] De mãos é cada flor, cada cidade. Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas(nossas) mãos começa a liberdade.»

E se o bem e o mal estão em cada um de nós, também de TODOS é a responsabilidade de contribuirmos para a construção de uma sociedade melhor.

 Assim, quiseram estes alunos “escrever” no chão, letra a letra a palavra PAZ. Um apelo, um grito, uma suplica, contributo para que pela mão do HOMEM se construa um mundo mais justo, mais fraterno, mais harmonioso e mais feliz, para todos.





Esta iniciativa apanhou de surpresa o pequeno keril que vai integrar uma das turmas do 3º ano, da nossa escola, também ele uma vítima da guerra da Ucrânia e acolhido pela família ucraniana já residente em Pereira.

 Uma receção inesperada de boas vindas, de acolhimento e de integração. uma receção vivida com muita emoção quer pela comunidade educativa, quer pelos familiares que acabaram por integrar a atividade. A uma só voz pedimos paz ao som de músicas ucranianas.



Também para reforçar a nossa solidariedade para com o povo ucraniano, está a ser organizada uma angariação de dádivas posteriormente encaminhadas através da Cruz Vermelha da Ucrânia. Apelo que deixamos a toda a comunidade.


NOTA- A tela onde  estão pintados os girassóis é da autoria da aluna  Leonor Maia, da turma do 9º B da Escola Secundária de Montemor. Trabalho  resultante de uma atividade integrada no intercâmbio pedagógico realizado com  a turma do 9º B de Montemor com a turma do 9º B da EBI de Pereira. Realizado no âmbito dos conteúdos programáticos de Cidadania e Desenvolvimento.