À laia de despedida

  Olá a todos(as) agora que começam a gozar o merecido descanso, o período escolar foi longo e as férias estavam mesmo a apetecer...

 Só passei por aqui para me despedir  e desejar boas férias.

Como sabem, há dias que correm menos bem, há dias  em que estamos mais felizes e outros  em que estamos mais desanimados. Sobretudo quando  não temos a companhia dos amigos, nem a possibilidade de partilharmos com eles as nossas   alegrias. Nessa altura  sentimo-nos mesmo mal, é como se nos esquecessem. O esquecimento pode ser uma forma de ingratidão.

E foi assim que eu me senti, infelizmente por pouco tempo,  Como sabem , para comemorar o "Dia Mundial da Criança" eu construi a  casinha dos  desejos. Desejos que queria que fossem realizados pois,  há muitas crianças por todo o mundo que nem sequer têm direito à felicidade : felicidade de aprender,  de brincar, de terem uma casa para se abrigarem, de terem uma refeição na mesa, ou um beijinho dado pela mãe ao deitar e ao acordar...

 Eu estava  triste, porque  ninguém me dizia nada e eu queria muito  partilhar os meus desejos... mas estava enganado. Todos os meninos e meninas estavam atentos a estes problemas e o meu desencanto passou rapidamente quando vi chegar à minha casinha dos desejos, muitos muitos mais desejos, todos a pensar nos direitos das crianças ou na falta deles E com estes desejos fiz um belo cartaz que  quis partilhar com toda a comunidade. Se todos tivermos desejos bons, de certeza estamos a contribuir para a construção de um mundo melhor e mais feliz.

 A atividade  foi dinamizada pelo corpo docente do 1º CEB, no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Criança e direcionada  aos discentes do 1º e 2º CEB

Agora também vou dormir... e descansar...

Arraial popular com muita animação

   Ainda anda no ar o cheiro do manjerico e da sardinha assada

Foi assim , na nossa escola, a comemoração dos santos populares. 

Santos populares combinam com arraial e arraial combina  com alegria e  com muita festa e animação. Covid não combina com nada, por isso não foi convidado para a festa, mas ficou zangado. Já estava preparado, com o alho porro e o martelinho na mão para dar na cabeça de toda a gente. Sabendo daquilo que  ele é capaz e para evitar que ele  aparecesse sem ter sido convidado, os preparativos fizeram-se à porta fechada, a Escola sabe  como  trocar as voltas  aos intrusos mal intencionados. E com muita segurança e distanciamento comemorou-se a festa dos santos populares.  

Preparou-se o arraial e o cenário da festa foi pintado com cores alegres  onde se adivinhavam  notas musicais e bailarico.

Os santinhos  vieram à festa e com o devido e tradicional distanciamento . Santo António foi  o primeiro a chegar, os namorados queria casar e outros  tantos parezinhos  queria juntar... S. João chegou depois e "tão bonito que ele é ! Com os seus caracóis de oiro e com o seu cordeirinho ao pé..." E só depois chegou o S. Pedro  para encerrar os festejos. E todos foram chegando ao arraial e com o devido distanciamento ... E todos recebidos  e agraciados com  quadras populares para reforçar o seu ego.

 Os convidados agora presentes era preciso  acender os fogareiros, assar  as sardinhas e os pimentos, preparar a salada e esperar pelo  caldo verde 

E que cheirinho bailava  no ar!  De braço dado  e com o seu arquinho  e balão  e ao toque do fungagá e do Sol e Dó  lá ia o cheirinho do manjerico bem enleado com o apetitoso aroma  da sardinha acabada de assar e há bem pouco tempo ainda a saltar nas redes dos pescadores.

 A noite foi de festa e bem animada, todos se divertiram, o Covid ficou de fora e todos ficaram a ganhar.

Em tempos de pandemia, também se comemoram as festas populares e a Escola quer manter a tradição. O Covid vai ser derrotado e a nossa identidade cultural vai perdurar e nós vamos estar aqui para contar  como  correu o arraial.

 O "arraial" foi organizado pelas colegas e pelos colega do 1º CEB e os trabalhos realizados pelos alunos, sob orientação dos respetivos docentes, de todos os níveis de ensino.  Os discentes aderiram com muito empenho e entusiasmo o que se reflete de modo evidente na qualidade dos trabalhos  escritos e plásticos reveladores  de muita criatividade e sentido estético. PARABÉNS à equipa.

 Só mais uma recomendação: Se há uma coisa que o Covid não pode ser acusado e de ser intolerante e discriminador, todos os credos religiosos e todas as culturas são incluídas da mesma maneira. Temos que nos precaver e lutar pela exclusão. Aqui joga-se ao contrário. Só se jogarmos em equipa, no campeonato mundial podemos ganhar o desafio e derrotar e excluir  o inimigo.