« Se não escrevesse era capaz de ser infeliz»
Manuel António Pina, escritor e jornalista licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e foi jornalista do "Jornal de Notícias" durante três
décadas, tendo sido depois cronista do mesmo " Jornal de música
" e da revista "Notícias Magazine".
A sua obra incidiu principalmente na
poesia e na literatura infanto-juvenil, embora tenha escrito também diversas
peças de teatro e de obras de ficção e crónicas. Algumas dessas obras foram
adaptadas ao cinema e TV e editadas em disco.
A sua obra difundiu-se em países como França (Francês e Corso), Estados Unidos, Espanha (Espanhol, Galego e Catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.
A 9 de Junho de 2005 foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
A obra é múltipla e tem uma dimensão lúdica porque Manuel António Pina
gostava de brincar com as palavras. Na poesia, nas histórias para crianças, nas
crónicas, nas peças de teatro. Tudo escreveu num tom irónico e provocador, sem
perder a complexidade.
Manuel António Pina tem na escrita o seu território de liberdade. Para
não ser outra pessoa, trocou Direito pelo Jornalismo, que exerceu na redação do
Jornal de Notícias, no Porto, durante mais de 30 anos. A produção como cronista
–“a servidão diária de emitir opinião”- está reunida e publicada em dois
volumes: “O Anacronista” e “Por outras Palavras”. Muito antes estreara-se como
escritor com um livro para crianças editado em 1973, “O País das Pessoas de
Pernas para o Ar”. No ano seguinte, surgem as primeiras poesias num título
original e extenso “Ainda não É o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma É Apenas
Um Pouco Tarde”.
A sua bibliografia tem dezenas de títulos: além da poesia, da
literatura para crianças e das crónicas, há peças de teatro, ficção e ensaio.
Algumas obras foram adaptadas ao cinema e há textos seus gravados em disco. São
quatro décadas de um percurso literário distinguido em 2011 “pela inventividade
e originalidade” com o mais importante galardão da literatura lusófona, o
Prémio Camões.
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